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entre escombros

fevereiro 28, 2010

A qualidade do que vai abaixo é muito baixa, mas é o que eu sinto. Esse blog não deveria ter coisas do gênero, mas não sinto que poderia ser de outra forma.

Tem rostos que desconheço,

Não falam a minha língua

Tampouco são parte da família

Mas sua pele não me é ajena

Sua espinha tremeu como a minha

Quando seus pés não podiam tocar o chão

Nossos olhos tinham o mesmo medo

Ao buscarem na mesma direção

a segurança de uma grande mão

minhas lagrimas,

brotaram de seus olhos

ao ouvir o ultimo suspiro de nossos irmãos.

Agora, somos um so corpo,

Cujas pernas tremem de medo

Enquanto as mãos tentam reconstruir

O que restou do coração.

2 comentários

  1. Minha querida,
    que bom receber um sinal de vida teu. No fundo eu sabia que estava tudo bem contigo, mas inevitável não pensar em ti imediatamente ao momento em que minha Mãe comentou o que havia acontecido justo no Chile.

    Posso imaginar tuas sensações confusas e teu medo. Nem mesmo a honra de “contar histórias importantes” como esta, que a profissão nos traz, não acalma nosso coração. Portanto, mais do que tudo, CUIDA DE TI e procura viver este momento com toda a intensidade possível. Não apenas para ter histórias para contar, mas para que ele faça parte do teu crescimento positivamente. Afinal… sobreviver a uma história assim, recém-chegada à nova terra te dá lastro para superar eventos que os mais fracos não tolerariam. Te faz forte.

    Um beijo no teu coração.


  2. Repito todas as palavras da Ana. Te cuida! Beijos



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